segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

DOR


Há uma dor que m’atravessa
E fere, profunda,
Sangrando a alma
Que verte rubis
E se veste de negro,
Em que o coração grita,
Raivoso e desequilibrado,
Atravessando a distância
E quedando-se a teus pés.

Há a lembrança do teu toque
E o gosto dos teus beijos,
O cheiro do teu corpo,
Que m’inquieta, perturba,
E a vontade louca
De extinguir
A distância do caminho.

Há a solidão, o vazio,
Companheiros fiéis da tortura
Que teima em não te ter
Neste ermo local
Onde habito abandonada.

Há a esperança libertina
Que m’alimenta e suga a dor
Na expectativa de te ter só meu…

Há… a saudade! (Vera Sousa Silva)

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